Este artigo foi escrito pelo amigo jornalista e especialista em marketing político Olavo Soares e publicado inicialmente em seu blog www.blogolavosoares.blogspot.com/
O início da semana para a política tem sido marcado pelas repercussões da desistência de Aécio Neves à candidatura presidencial e pela divulgação da pesquisa Datafolha que, também falando sobre a corrida ao Planalto, indicou uma aproximação entre José Serra e Dilma Rousseff.
O Datafolha divulgou mais índices. Na disputa pelo governo de São Paulo, nenhuma surpresa: Geraldo Alckmin lidera com folga. Arrisco que se nenhuma hecatombe acontecer (como até mesmo uma aparentemente improvável desistência de José Serra à sucessão de Lula), Alckmin e Dona Lu já podem ir pensando como decorarão seus escritórios no Palácio dos Bandeirantes.Mas é sobre outra pesquisa divulgada pelo Datafolha que gostaria de me pautar. Falo da disputa pelas duas vagas no Senado, a serem renovadas agora. Acredito que aí está a eleição majoritária mais imprevisível para os paulistas no ano que vem.Dois senadores encerrarão seus mandatos em 2011: Aloizio Mercadante (PT) e Romeu Tuma (PTB). Até terceira ordem, ambos buscarão a reeleição no pleito do ano que vem. Mercadante, apesar do péssimo desempenho na eleição de 2006 e de alguns tropeços (o mais recente foi o caso "irrevogável"), deve ser eleito. Tem muita visibilidade, condensará os votos paulistas para Lula, e é bom no jogo político.O bicho deve pegar mesmo para a vaga de Tuma.Ele tem hoje 27% das intenções de voto. É o segundo colocado - ou seja, estaria (re) eleito.Mas a distância que tem para seus seguidores é pequena, muito pequena, o que deixa claro que seu favoritismo não é dos mais sólidos.Analisemos quem vem atrás de Tuma, praticamente empatados com o senador. Orestes Quércia (PMDB) é uma figura curiosa. Venceu sua última eleição em 1986 mas exerce ainda uma liderança única em São Paulo - foi reeleito recentemente presidente do PMDB estadual, com votação das mais expressivas. Tem, agora, 24 das intenções de voto. Eu acreditaria que não tende a avançar mais que isso. Seu patamar inicial é alto, mas tem certa rejeição e, aparentemente, pouco a evoluir.Acredito que as figuras mais interessantes da disputa sejam os "artistas" Netinho de Paula (PCdoB) e Soninha Francine (PPS). Ambos têm agora 22%. É muita, mas muita coisa para quem ainda não se posicionou formalmente como candidato e pertence a partidos de porte médio ou pequeno. Sem contar que ambos terão o respaldo de candidaturas de grande porte - Netinho deverá ser o "segundo nome" da chapa petista, enquanto Soninha pegará carona na candidatura do PSDB. Ainda não se sabe se os dois se formalizarão candidatos (Netinho parece estar mais disposto), mas eu veria neles nomes de expressivo peso.
Já mais distantes estão Gabriel Chalita (PSB) e Paulo Renato (PSDB). Apesar dos baixos índices que têm hoje, não devem ser descartados, pelo peso que ambos têm na política local - vale lembrar que Chalita foi o vereador mais votado em 2008 e Paulo Renato foi bem na disputa para deputado em 2006. Aliás, no caso de Renato, se deve pensar se ele realmente se arriscará a perder uma relativamente tranquila reeleição para a Câmara.
Desde já, a disputa para as vagas paulistas no Senado vai se marcando como uma das mais interessantes das eleições no ano que vem. Alguém tem algum outro palpite?
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Senado paulista: balaio de indefinições - Por Olavo Soares
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domingo, 20 de dezembro de 2009
UMA ANÁLISE SOBRE A DECISÃO DO AÉCIO
Após a decisão do governador Aécio Neves de desistir de ser pré-candidato à presidência da república, muitos amigos me perguntaram se ele havia tomado a decisão correta ou se ele estava se precipitando.
Primeiramente gostaria de deixar claro que por mais que um candidato (ou pré) a presidente seja impulsivo, dificilmente ele tomará uma decisão que não seja pensada, estratégicamente analisada. O que pode existir é uma falha no planejamento ou uma análise errada, o que não parece ocorrer nesse caso.
Bastidores do partido
Não vivo o dia-a-dia do PSDB e o que sei sobre sua cúpula é o que a imprensa noticia ou informações passadas por amigos. Segundo essas notícias e informações, Aécio dificilmente venceria Serra em uma prévia no partido. E Aécio sabia disso - ou deveria saber - e o que ele fez até o momento, aparecendo na imprensa e se colocando como pré candidato, foi para ganhar projeção nacional e até formar um grupo próprio (forte) dentro do PSDB, assim como Alckimin fez em 2006.
Bons índices para disputar a presidência
E parece que a estratégia surtiu efeito, pois na pesquisa apresentada pelo VoxPopuli no início do mês, no cenário sem Serra, Aécio aparece em 1º, na frente de Dilma, com 24% da preferência do eleitorado contra 17% da Ministra. E com grande possibilidades de crescimento já que, segundo a mesma pesquisa, é conhecido de apenas 53% dos eleitores.
Com esses dados o governador de Minas Gerais mostrou para integrantes da cúpula do PSDB que possui sim força para disputar, com chances reais de vitória, o cargo de presidente da república.
Política interna requer relacionamento
Embora tenha apresentado bons índices, Aécio sabe que a preferência no PSDB é pelo nome de Serra e que uma briga interna prejudicaria somente o candidato do partido, seja ele Serra ou Aécio.
Com a decisão de desistir da pré-candidatura em prol do bem do partido, Aécio Neves se mostrou partidário e conseguiu a simpatia de membros que não eram a favor da sua candidatura.
O momento de anunciar a desitência da pré-candidatura
A decisão foi acertada e no momento certo. Faltam cerca de 10 meses para as eleições e 7 meses para a convenção partidária.
Serra se mantendo bem nas pesquisas dificilmente o governador mineiro conseguiria vencer nas prévias. Já caso Serra comece a declinar nas pesquisas e Dilma crescer, o PSDB terá que começar a pensar em outro nome, Aécio Neves. E aí o governador de Minas contará com o apoio de ampla maioria no partido.
O que temos que ter em mente é que Aécio desistiu da pré-candidatura, o que não sigifica que não será o candidato do PSDB. Tudo vai depender desses 7 meses que antecedem as convenções partidárias.
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terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Participação no programa "Ana Paula Rossi" na Rádio Nova Difusora
Clique na imagem para ouvir a rádio Ao Vivo
Vamos tratar de assuntos e notícias que estão em pauta no dia.
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domingo, 13 de dezembro de 2009
Quércia é reeleito presidente estadual do PMDB
BASTIDORES DA CONVENÇÃO
Ocorreu hoje a convenção estadual do PMDB em São Paulo, que elegeu o novo diretório que comandará o partido pelos próximos 2 anos no estado.
Compareci pessoalmente para acompanhar a convenção, que estava muito movimentada.
Chegando à Assembléia Legislativa (onde ocorreu a convenção) já dava pra notar que o deputado federal Francisco Rossi estava apostando alto na sua candidatura. Existiam muitas faixas e centenas de pessoas com camisetas e bandeiras em apoio à chapa de Rossi. Obviamente que eram pessoas contratadas para fazer boca de urna, que pelo estatuto do partido é permitido.
Em contrapartida a campanha de Quércia foi feita nos bastidores e com contatos prévios aos delegados com direito a voto.
A convenção que estava marcada para ocorrer das 9h às 15h começou com cerca de uma hora de atraso.
Rossi permaneceu todo o tempo (não saiu nem para almoçar) na entrada, cumprimentando todos membros do PMDB que chegavam. Ele estava com os pés no chão e sabia que seria muito difícil (senão impossível) vencer na convenção, mas esperava obter pelo menos 20% dos votos, o que daria o direito de nomear membros no diretório estadual.
Quércia estava tranquilo, passou grande parte da manhã no plenário junto com Michel Temer e o Governador do Paraná Roberto Requião, falando sobre os rumos do PMDB em 2010. Enquanto isso sua esposa e suas filhas ficaram na entrada marcando presença. No período da tarde ficou no salão onde ocorria a convenção, deu entrevistas e tirou fotos com correligionários.
CONFUSÃO
Em determinado momento da convenção ouve muito bate-boca entre defensores da chpa de Rossi, convencionais e defensores da chapa de Quércia.
Tudo ocorreu quando um delegado de Guarulhos resolveu revelar seu voto, enquanto votava, para membros da chapa de Quércia. A filha de Francisco Rossi, a vereadora de Osasco Ana Paula Rossi, não gostou nenhum pouco e começou o bate-boca.
AS CHAPAS
A chapa de Quércia era composta com os 4 deputados estaduais do partido (Uebe rezeck, Jorge Caruso, Baleia Rossi e Vanessa Damo), pelo deputado federal Michel Temer e por vereadores e lideranças regionais. Já a de Rossi era basicamente composta por membros do diretório de Osasco.
RESULTADO
Cerca de 750 delegados tinham direito a voto e 670 compareceram para votar.
O resultado foi:
Quércia - 597 votos
Rossi - 73 votos
O resultado mostrou a força que Quércia tem no partido, dentro do estado de São Paulo, e a força da sua chapa. Membros da chapa esperavam obter 85% dos votos e receberam mais que isso.
Para Rossi a derrota foi amarga, já que esperava ao menos 20% dos votos e investiu pesado para alcançar seu objetivo. Seus planos de se lançar candidato a governador ficam mais difíceis, mas ele garantiu que caso o partido decida lançar candidato próprio em São Paulo ele colocará seu nome a disposição.
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sábado, 12 de dezembro de 2009
Bastidores da convenção estadual do PMDB de São Paulo
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Propósito do blog
Após conversas com amigos, resolvi criar este blog para escrever sobre marketing político, bastidores da política e assuntos relacionados.
Pretendo publicar no blog assuntos relacionados a estratégia de campanha, imagem pública, bastidores dos partidos, legislação eleitoral, alianças partidárias, comunicação governamental, assessoria de imprensa, etc.
Tentarei na medida do possível publicar vídeos, imagens e enquetes visando tornar o blog mais interativo e agradável. Espero que todos gostem.
O blog estará sempre aberto à participação de profissionais da área e políticos que queiram expôr seus pontos de vista e suas opiniões.
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